Como proteger hospitais de ataques digitais?
A transformação digital aumenta a necessidade de cibersegurança nas instituições de saúde. Saiba como proteger sua instituição.
A transformação digital nas instituições de saúde tem sido um impulsionador para avanços em eficiência, qualidade de atendimento e inovação tecnológica. No entanto, à medida que essas instituições incorporam novas tecnologias e expandem o uso de dados digitais, elas se tornam cada vez mais vulneráveis a ciberataques.
O setor de saúde, que lida com informações extremamente sensíveis, tornou-se um dos principais alvos de hackers em todo o mundo. O aumento dos ataques cibernéticos, como ransomwares e invasões de sistemas, acende um alerta para a importância de investir em cibersegurança.
Vamos explicar, neste artigo, o que sua instituição de saúde deve fazer para se proteger dos criminosos.
O crescimento alarmante dos ataques cibernéticos no setor de saúde
O Brasil tem sido um dos países mais afetados por ataques cibernéticos no setor de saúde. Um estudo realizado pela Check Point Research em 2022 revelou que uma média de 1.613 incidentes cibernéticos ocorreram semanalmente no país entre abril e setembro, tornando o Brasil o líder global em número de ataques no setor, naquele ano.
Mais preocupante, uma em cada 41 organizações de saúde foi alvo dessas investidas. A tendência, infelizmente, só parece crescer, com um aumento de 65% nos incidentes em 2023, afetando hospitais, clínicas e outras instituições. Entre as instituições impactadas estão o Hospital Universitário da USP, o Hospital Sírio-Libanês e o Hospital do Câncer de Barretos.
Esses ataques geralmente utilizam ransomware, uma modalidade de vírus que criptografa os dados do sistema, exigindo um resgate em moedas digitais, como o bitcoin, para liberar o acesso. Um exemplo significativo foi o ataque que paralisou o Hospital do Câncer de Barretos, causado por uma variante do vírus Petya. Esse tipo de ataque não apenas compromete a integridade dos dados hospitalares, mas também coloca vidas em risco, uma vez que procedimentos médicos essenciais podem ser atrasados ou suspensos.
Como acontece um ataque de ransomware
Cibersegurança: um investimento necessário para proteger dados e vidas
Diante de números tão alarmantes, é necessário e urgente que as instituições de saúde adotem medidas robustas de cibersegurança. No cenário global, o setor de saúde é o terceiro mais visado por ataques cibernéticos, com um aumento de 45% nos ataques direcionados a hospitais (Check Point Research, 2021). A pandemia de Covid-19 evidenciou ainda mais essa vulnerabilidade, com cibercriminosos priorizando hospitais e centros médicos em um momento crítico.
A transformação digital tem impulsionado o uso de prontuários eletrônicos, sistemas de gestão hospitalar e plataformas baseadas em nuvem, ampliando a superfície de ataque. Embora essas inovações tragam inegáveis benefícios, como a eficiência no atendimento ao paciente e a gestão de recursos, elas também aumentam o risco de violações de dados. A consequência de uma brecha de segurança pode ser devastadora, tanto em termos financeiros quanto em termos de reputação.
Exemplos práticos de ataques recentes
Além do ataque ao Hospital do Câncer de Barretos, outro exemplo recente é o ataque ao Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, que precisou suspender serviços de radioterapia e marcação de consultas após um hacker invadir o sistema de tecnologia da instituição.
Esses incidentes sublinham a fragilidade dos sistemas hospitalares frente a ciberataques e o impacto direto no atendimento aos pacientes. Com a interrupção dos serviços digitais, muitos hospitais são forçados a voltar a métodos manuais de registro e comunicação, o que compromete a agilidade e a qualidade do atendimento.
Como fortalecer a cibersegurança nas instituições de saúde
Para enfrentar essa crescente ameaça, as instituições de saúde devem adotar estratégias de cibersegurança. Isso envolve não apenas a implementação de tecnologias avançadas, mas também a conscientização e o treinamento de seus colaboradores. A segurança da informação é responsabilidade de todos os profissionais envolvidos, e a criação de uma cultura organizacional voltada para a proteção de dados é bastante relevante.
Uma das práticas mais recomendadas atualmente é o uso de soluções de imutabilidade de dados. Essa tecnologia permite que cada alteração realizada em um sistema gere uma nova versão do dado, mantendo o original intocado. Isso é particularmente útil no caso de ataques de ransomware, pois impede que os cibercriminosos modifiquem ou bloqueiem os arquivos originais, garantindo que os dados possam ser restaurados sem pagamento de resgate.
Além disso, o uso de plataformas de gestão baseadas em nuvem pode ser uma excelente alternativa para fortalecer a segurança de dados. Soluções em nuvem geralmente oferecem recursos de segurança avançados, como criptografia de ponta a ponta e monitoramento contínuo, que ajudam a mitigar os riscos cibernéticos. No entanto, é importante que essas plataformas sejam cuidadosamente configuradas e monitoradas para evitar vulnerabilidades.
As consequências financeiras de um ataque cibernético
Os custos de um ataque cibernético podem ser imensos. De acordo com o Instituto Ponemon, o custo médio de uma violação de dados em 2017 foi estimado em US$ 3,62 milhões, valor que certamente aumentou nos últimos anos. Além dos prejuízos financeiros diretos, como multas e indenizações, as instituições de saúde também enfrentam danos à sua reputação. A confiança dos pacientes é um ativo para qualquer organização de saúde, e uma violação de dados pode estremecer essa relação de forma irreparável.
Em termos globais, os crimes cibernéticos estão projetados para custar à economia mundial cerca de US$ 10,5 trilhões até 2025 (Cybersecurity Ventures). Diante de tais números, o investimento em cibersegurança não deve ser visto como uma despesa opcional, mas sim como uma medida preventiva necessária para garantir a continuidade das operações e a proteção dos pacientes.
Conte com a Flowti na transformação digital e cibersegurança
Como seu parceiro de transformação digital, estamos ciente dos desafios que as instituições de saúde enfrentam no cenário atual. Ao oferecer soluções inovadoras que integram tecnologia de ponta com segurança avançada, ajudamos hospitais e clínicas a equilibrar a inovação com a proteção de dados, garantindo que essas instituições possam operar com eficiência e segurança.
Através de uma abordagem inteligente que inclui práticas de backup imutável, monitoramento em tempo real e soluções baseadas em nuvem, fortalecemos as instituições de saúde contra ataques cibernéticos. O futuro da saúde é digital, e a segurança deve caminhar lado a lado com a inovação.
Como proteger hospitais de ataques cibernéticos?
A transformação digital trouxe inúmeros benefícios para o setor de saúde, mas também ampliou significativamente a vulnerabilidade das instituições a ciberataques. Diante desse cenário, investir em cibersegurança é uma necessidade incontornável. Com o número crescente de ataques a hospitais e clínicas, a proteção de dados não é apenas uma questão de conformidade, mas sim uma medida crítica para proteger vidas e garantir a continuidade dos serviços de saúde.