O uso da IA na infraestrutura de TI em hospitais: o presente e o futuro da saúde digital

Entenda como as soluções atuais já estão utilizando AI e o que esperar do futuro em instituições de saúde.

A transformação digital do setor de saúde tem ganhado novos contornos com o avanço da inteligência artificial (IA). Antes, concentrada em aplicações clínicas — como auxílio no diagnóstico por imagem ou recepções com viés mais automatizado —, a IA passou a ocupar um papel mais estratégico nas instituições. Agora, é possível notar as operações com IA também na infraestrutura de TI dos hospitais, ajudando a manter a TI de forma estável, segura e eficiente.

Se antes a tecnologia era vista apenas como suporte, hoje ela é peça central na viabilidade e na sustentabilidade do negócio hospitalar. E a IA, com sua capacidade de aprender padrões e tomar decisões com base em dados, está se tornando protagonista nesse cenário.

Neste artigo, vamos explorar como a IA pode apoiar as instituições de saúde e, mais especialmente, suas infraestruturas de TI. Vamos conhecer o que já é realidade e como será num futuro próximo.

 

A IA que já está em prática

Nos bastidores da assistência médico-hospitalar, a IA tem sido utilizada para otimizar a infraestrutura que mantém os sistemas funcionando, garantir a segurança da informação e prever falhas que poderiam comprometer a operação.

Segundo relatório recente da Accenture, cerca de 40% dos hospitais de médio e grande porte já implementaram algum nível de automação baseada em IA para gerenciar seus sistemas de TI. Entre as aplicações mais comuns estão:

  • Monitoramento contínuo de redes e servidores: algoritmos detectam anomalias e comportamentos incomuns que indicam possíveis invasões ou falhas técnicas, agindo antes que os problemas se agravem.

  • Gestão preditiva de ativos: equipamentos de imagem, monitores e demais dispositivos são acompanhados por modelos de IA capazes de prever falhas antes que elas aconteçam, o que evita interrupções em setores críticos como UTI e centro cirúrgico.

  • Eficiência energética e operacional: sistemas de IA controlam temperatura, iluminação e fluxo de energia com base na ocupação e uso dos ambientes.

  • Segurança da informação e compliance com a LGPD: a IA atua como uma camada extra de proteção no trânsito de dados, criptografando e identificando brechas em tempo real, algo vital para a confidencialidade dos prontuários eletrônicos.

Case: Hospital Alemão Oswaldo Cruz — IA integrada à infraestrutura para ganhos operacionais e assistenciais

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um exemplo real da adoção prática de inteligência artificial aplicada à infraestrutura de TI hospitalar. A instituição investiu em iniciativas concretas que já mostram resultados, com seus robôs.

  1. Robô BD Rowa: eficiência no almoxarifado
    Em janeiro de 2025, o hospital colocou em operação o robô BD Rowa, responsável por automatizar o armazenamento e a separação de medicamentos. Integrado aos sistemas internos do hospital, o robô utiliza algoritmos de IA para organizar e distribuir até 15 mil unidades com rastreabilidade total. O impacto é direto na operação: a separação de medicamentos, que antes tomava horas, hoje é feita em minutos — uma redução de 90% no tempo de preparo dos insumos, além de uma elevação de até 75% na produtividade diária.

Esse case mostra que a inteligência artificial, quando aplicada com propósito e integração, pode deixar de ser promessa e se tornar um diferencial competitivo — inclusive no ambiente de alta complexidade que é a saúde.

 

O que vem pela frente com o uso da Inteligência Artificial

As projeções indicam que o uso da IA na infraestrutura de TI hospitalar tende a crescer de forma acelerada. Um estudo publicado pela Deloitte aponta que até 2027, mais da metade dos hospitais privados da América Latina terão pelo menos uma solução de IA integrada aos sistemas críticos de TI.

Entre as tendências mais promissoras estão:

  • Integração com 5G e Internet das Coisas (IoT): sensores conectados a equipamentos hospitalares irão alimentar modelos de IA com dados em tempo real, permitindo ajustes automáticos, manutenção preditiva e controle mais fino da operação.

  • Hospitais autônomos: sistemas com IA gerenciarão toda a operação hospitalar — da ocupação de leitos à logística interna — com o mínimo de intervenção humana. A Coreia do Sul já testa esse modelo em centros universitários. Chamados de smart, os hospitais começam a ter alto nível de maturidade digital.
  • Cloud computing com IA embarcada: a migração para nuvens híbridas continuará, mas com soluções que já vêm com IA integrada, otimizando armazenamento, desempenho e segurança sem a necessidade de múltiplos fornecedores.

  • Plataformas integradas de gestão hospitalar com IA nativa: ferramentas de business intelligence hospitalar serão potencializadas por IA, oferecendo insights para decisões clínicas, operacionais e financeiras em tempo real.

Desafios e cuidados

Como toda tecnologia emergente, a adoção da IA na infraestrutura de TI também exige atenção. O investimento inicial costuma ser elevado, especialmente em ambientes hospitalares já sobrecarregados. Além disso, é preciso garantir a transparência dos algoritmos, o treinamento adequado das equipes e o cumprimento rigoroso da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O grande ponto é que os processos mal definidos precisam ser reorganizados antes de inserir um projeto de IA. O estudo prévio de viabilidade é indispensável para que a gestão automatizada seja possível.

 

O que os gestores de TI precisam fazer agora

A pergunta que fica é: por onde começar? Para quem atua na linha de frente da transformação digital hospitalar, há caminhos claros:

  • Fazer um diagnóstico da maturidade digital: identificar quais sistemas já operam de forma automatizada, quais dados são coletados e como podem ser aproveitados pela IA.

  • Priorizar projetos com impacto operacional direto: manutenção preditiva, segurança da informação e automação de processos são áreas com retorno rápido e perceptível.

  • Investir em parceiros estratégicos: soluções em saúde digital, como as da Flowti, oferecem soluções desenhadas para a realidade hospitalar, facilitando a integração com os sistemas já existentes.

  • Treinar as equipes para lidar com IA: a IA exige mudança de cultura e capacitação contínua de quem opera os sistemas.

A saúde caminha para a automação inteligente

Se existe um consenso entre especialistas, é o de que a IA vai deixar de ser uma vantagem competitiva para se tornar um padrão esperado em instituições de saúde que queiram crescer com eficiência. A automação inteligente da infraestrutura de TI não é um caminho inevitável.

A questão não é se os hospitais vão adotar a IA. A questão é quando, como — e com quem.

 

Sobre a Flowti

A Flowti desenvolve soluções para gestão de TI hospitalar com foco em segurança, performance e inovação. Atuando na linha de frente da transformação digital da saúde, oferece tecnologias que integram IA à infraestrutura de TI, tornando os hospitais mais eficientes e preparados para o futuro.

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