A computação em nuvem veio para modernizar e simplificar as empresas espalhadas pelo mundo.

Apenas no Brasil, por exemplo, esse mercado cresceu 51,7% em 2017, segundo dados da Brasscom. E nos próximos quatro anos, a expectativa é que haja um aumento de 27%, o que significa bilhões de reais em investimentos em SaaS, IaaS e PaaS.

E por falar nessas três siglas, você sabe exatamente o que elas significam? Bom, vamos explicar neste post.

Partindo do princípio que a cloud computing não é um produto em si, mas um serviço. As empresas têm acesso a pelo menos três serviços prestados nessa categoria: Software como Serviço, Plataforma como Serviço e Infraestrutura como Serviço.

1. IaaS: a Infraestrutura como Serviço

Do inglês Infrastructure as a Service, o modelo IaaS é a terceirização da infraestrutura de TI da empresa para um fornecedor que disponibiliza servidores e data centers em nuvem.

Nesse modelo de serviço em nuvem, a empresa também pode contratar mais memória, armazenamento, processamento, roteadores, racks, mais servidores e tudo o que envolve sua infraestrutura de TI.

Na prática, dependendo do fornecedor do IaaS, a empresa pode pagar pela quantidade de dados trafegados ou armazenados, mas, de qualquer forma, ela paga somente aquilo que realmente usar — o que é uma vantagem e tanto.

Além disso, a Infraestrutura como Serviço é subdividida em três categorias:

1. Nuvem pública: quando a infraestrutura de TI está em recursos padronizados e compartilhados, sendo que o autoatendimento ocorre todo pela Internet.
2. Nuvem privada: nesse caso, a infraestrutura segue a virtualização, mas essa virtualização ocorre de forma privada.
3. Nuvem híbrida: é a combinação entre a nuvem pública e a privada.

O modelo IaaS é ideal para pequenas e médias empresas que estejam crescendo rapidamente e a infraestrutura de TI não está mais conseguindo acompanhar, sem falar em empresas com demandas mais voláteis, como os e-commerces, por exemplo.

2. SaaS: o Software como Serviço

Do inglês Software as a Service, no modelo SaaS a empresa não precisa comprar softwares e suas licenças de uso em sua infraestrutura de TI, pois ele paga apenas uma assinatura enquanto utilizar os produtos.

Dessa forma, o acesso aos softwares é feito pela nuvem, seja pelo software ou pelo browser. E isso proporciona mobilidade à equipe da empresa, pois os dados, os contatos e todas as informações podem ser acessadas a partir de qualquer dispositivo móvel.

Outra vantagem do Software como Serviço é que ele pode ser testado gratuitamente antes da aquisição da assinatura. Dessa forma, economiza-se tempo em treinar a equipe também.

O SaaS é muito usado por diversos tamanhos de empresas, incluindo as pequenas, que não podem investir na compra de licenças. Os novos modelos de trabalho, como o home office, por exemplo, também são muito beneficiados com SaaS.

3. PaaS: a Plataforma como Serviço

Do inglês Platform as a Service, o modelo PaaS é parecido com o SaaS, mas enquanto o este último é a terceirização do software na nuvem, a Plataforma como Serviço é a terceirização de um ambiente (uma plataforma) de desenvolvimento para criação, hospedagem e gerenciamento de um software. Portanto, não há necessidade de configurar uma infraestrutura de TI.

Assim como o IaaS, o modelo PaaS também pode ser subdividido nas categorias de nuvem pública, nuvem privada e nuvem híbrida.

Uma das vantagens da adoção desse modelo de serviço é que a equipe de desenvolvimento da empresa passa a se preocupa apenas com a programação do software, pois as tarefas restantes (como a manutenção, atualização e gerenciamento da infraestrutura) ficam a cargo da empresa fornecedora da solução. E isso também se traduz em economia financeira para o empreendimento.

Como escolher entre IaaS, PaaS e SaaS?

Com tantas opções disponíveis em computação em nuvem, pode ser desafiador decidir qual modelo de serviço é o mais adequado para atender às necessidades específicas de uma empresa. Para facilitar essa escolha, é essencial entender alguns pontos-chave.

Avaliação de necessidades

O primeiro passo é avaliar o estágio atual da empresa e suas demandas. Pequenas empresas ou startups com recursos limitados podem priorizar modelos como SaaS, que oferecem ferramentas prontas para uso, sem a necessidade de grandes investimentos iniciais em infraestrutura. Por outro lado, empresas maiores, que possuem equipes de TI mais robustas ou necessidades personalizadas, podem se beneficiar de IaaS ou PaaS, pois permitem maior flexibilidade e controle.

Um exemplo prático seria uma loja de e-commerce. No início, o SaaS pode ser ideal para acessar plataformas de vendas prontas. Com o crescimento, essa loja pode migrar para IaaS para gerenciar seus próprios servidores ou PaaS para criar uma aplicação personalizada.

Exemplos práticos de uso

Cada modelo de cloud computing atende a necessidades específicas:

• IaaS: ideal para empresas que precisam de flexibilidade em infraestrutura, como startups de tecnologia que desejam controlar servidores e armazenamento conforme o crescimento.
• SaaS: amplamente utilizado por equipes que buscam acesso fácil a ferramentas de colaboração, como CRM ou software de gestão de tarefas.
• PaaS: recomendado para empresas de desenvolvimento de software que preferem terceirizar a infraestrutura de criação e focar apenas no código.

Fatores de decisão

Para escolher o modelo certo, é importante analisar:

• Custo-benefício: enquanto SaaS geralmente possui custos previsíveis de assinatura, IaaS e PaaS podem variar de acordo com o uso e demanda.
• Segurança: empresas que lidam com dados sensíveis podem optar por uma nuvem privada, disponível em modelos como IaaS e PaaS.
• Escalabilidade: negócios com crescimento imprevisível, como marketplaces, podem preferir IaaS pela facilidade de expansão.
• Complexidade: SaaS é a opção mais simples para quem quer evitar a gestão de infraestrutura, enquanto IaaS exige maior expertise técnica.

Tendências do mercado

Com o avanço da tecnologia, a escolha entre IaaS, PaaS e SaaS está cada vez mais ligada à inovação. A integração de inteligência artificial, por exemplo, está transformando a forma como esses serviços são utilizados. SaaS, por exemplo, está sendo amplamente utilizado em soluções baseadas em IA para análises de dados. Já PaaS está facilitando o desenvolvimento de aplicativos com IA integrada.

Além disso, setores como saúde, finanças e logística têm adotado diferentes modelos de computação em nuvem com base em suas necessidades. Empresas de saúde, por exemplo, podem usar SaaS para sistemas de prontuário eletrônico, enquanto instituições financeiras optam por IaaS para maior controle e segurança dos dados.

PaaS, IaaS e SaaS: qual a diferença entre esses modelos de cloud computing?

Escolher o modelo certo de cloud computing entre IaaS, PaaS, e SaaS é uma decisão estratégica. Avaliar necessidades, entender casos de uso e considerar fatores como custo, segurança e complexidade são passos essenciais para determinar qual serviço melhor atende às demandas do seu negócio. Independentemente da escolha, IaaS, PaaS e SaaS representam soluções modernas e eficientes para empresas que buscam se destacar no mercado.