Pesquisa aponta tendências para o mercado de TI em 2023

Segurança da informação continua sendo prioridade entre mais de 80% dos executivos de TI. Destaque também para data analytics e trabalho remoto

A pesquisa IT Trends Snapshot 2023, realizada pela Logicalis, trouxe pontos interessantes sobre o panorama das tendências tecnológicas no mercado brasileiro. Na oitava edição do estudo, destaque para a importância da segurança da informação, da migração para a nuvem e da transformação digital, finalizando com a ideia de que as empresas estão consolidadas em modelos de trabalho híbridos. 

Confira os hightlights do estudo: 

  1. O aumento de eficiência operacional, a otimização de processos de negócio e o desenvolvimento da jornada de transformação digital são as principais prioridades de negócio;
  2. No balanço entre mais controle versus mais liberdade, os gestores de segurança da informação tendem a seguir por mais controle para garantir a segurança;
  3. O tema de LGPD como prioridade das áreas de TI caiu bastante, o que pode indicar que este ponto já está resolvido em algumas empresas. Mas apenas 36% dos respondentes indicaram que estão totalmente aderentes à LGPD;
  4. Práticas de FinOps, como planejamento e monitoramento de custos de Cloud, estão em estágio de implantação ou totalmente implementadas em menos de 21% e 16% das empresas, respectivamente.
  5. Como resultado da pandemia, 65% dos executivos acreditam que o modelo híbrido de trabalho veio para ficar, e 44% ressignificaram o ambiente de trabalho presencial, inclusive fazendo adaptações para realização de reuniões on-line. A qualidade de vida aparece como principal aspecto tanto positivo quanto negativo em relação ao trabalho remoto.
  6. 94% das empresas indicam que a escassez de profissionais qualificados de TI é um problema e 83% acreditam que ele não será resolvido no médio prazo, com 59% das empresas ampliando a contratação de serviços terceirizados como solução de contorno.
  7. 78% das empresas foram impactadas pela escassez de recursos materiais, como microprocessadores, 61% estão buscando novos fornecedores e 58% estão ampliando o uso de serviços na nuvem, como solução.

O estudo foi dividido por temas e, para facilitar a compreensão e trazer insights para sua empresa, de acordo com cada tópico:

Prioridades de TI

A pesquisa aponta que a prioridade das empresas é a segurança da informação, logo seguida de projetos de analytics e big data. E quando o assunto são as prioridades de tecnologia, mais uma vez a segurança da informação se mantém em destaque na agenda organizações.  

É possível observar também que há uma forte tendência de busca por maior controle de todo o ambiente de segurança da informação, em detrimento da adoção de abordagens com maior liberdade. Essa tendência é sinalizada por 75% dos executivos, contra apenas 25% que optam por maior liberdade em suas abordagens. Ciberataques, vazamento de dados e LGPD são alguns dos temas que influenciam os gestores a optarem por controle.

Continuidade de negócio

A taxa de empresas que não possuem plano formal de continuidade passou de 29% para 21%. Em paralelo, uma prática que teve crescimento é o Plano Formal de Recuperação de Desastres, citado por 63% dos entrevistados em 2022 versus 47% em 2021.  

Já em relação aos mecanismos de recuperação de infraestrutura, há uma grande adesão, mencionado por 73%. Apesar da evolução dos dois temas, ainda há um grande percurso a ser trilhado pelas empresas para adoção ampla de componentes de continuidade de negócio. 

Iniciativas de segurança

Podemos observar que há apenas duas ações que estão mais avançadas dentro das empresas entrevistadas: proteção contra Malware e Proteção de e-mail e navegador web, estes possuem um índice de mais de 70% de adoção, quando consideramos ações totalmente implementadas. Na terceira posição está a iniciativa de Recuperação de Dados, em que 55% dos executivos afirmam já terem a ação totalmente implementada. As demais iniciativas possuem um nível de adoção completa inferior à 50%. 

Data Analytics

44% dos respondentes adotam soluções e serviços de data analytics ao nível de produção. 20% estão em processo de adoção, com PoCs ou pilotos. 24% das empresas esperam adotar essas soluções no intervalo de um ano, enquanto 12% não adotam e não tem planos de adotar analytics. Quando perguntados quais as áreas mais beneficiadas pelo uso de analytics e inteligência artificial, os respondentes indicaram em primeiro lugar, com 49%, as relacionadas a desenvolvimento de negócios (comercial, vendas), seguidas pelas áreas de operações e administrativo e financeira, com 47% e 31%, respectivamente. 

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Nuvem 

O tema de adoção de cloud continua avançando no Brasil:

  • 45% das empresas já se movimentaram integralmente ou de maneira significativa para migrar a infraestrutura e as aplicações para a nuvem (26% e 19%, respectivamente);
  • 21% das organizações estão desenvolvendo um plano estruturado de migração, mas ainda não o executaram;
  • 29% não têm ainda um plano.

Interessante destacar a porcentagem de empresas com estratégias cloud first: 5% das empresas já nasceram com infraestruturas em nuvem. 

Ao analisar os dados sobre as soluções mais adotadas pelas empresas, é possível identificar diferentes níveis de migração: soluções de colaboração e de produtividade continuam como as mais adotadas (90% e 84%, respectivamente), seguidas por aplicações e infraestrutura em modelos SaaS e IaaS, que têm, respectivamente, 58% e 57%, e outras aplicações e plataformas, como Disaster Recovery e PaaS, com níveis de migração abaixo de 40%. Entre os principais serviços a serem contratados na nuvem nos próximos 12 meses estão: Disaster Recovery (41%) e Serviços gerenciados do ambiente de nuvem (27%). 

Quando nos debruçamos sobre o tema de estrutura de gestão financeira na nuvem, é possível identificar que as organizações já começaram, mesmo que de forma tímida, a se movimentar, com destaque para processos de planejamento, orçamentação e contratação de soluções em cloud, com 51% dos respondentes possuindo algum grau de implementação. Apesar do movimento já estar acontecendo e do avanço contínuo no uso da cloud computing no mercado, ainda há uma jornada longa a ser trilhada pela maioria das empresas. De forma geral, as implementações de processos, ferramentas e equipes para estrutura de gestão na nuvem ainda são pouco comuns dentro das organizações, com todos os temas com níveis abaixo de 20% de adoção completa. 

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Modelo atual de trabalho remoto

Mais da metade das empresas entrevistadas sinalizou que 80% dos seus profissionais voltaram a trabalhar no escritório, mas, de uma nova forma. Quando questionados sobre o trabalho híbrido, 65% dos executivos afirmam que o novo modelo veio para ficar, independentemente do setor. 44% dos entrevistados também afirmam que é necessário ressignificar o ambiente físico de trabalho, bem como investir em implementação de espaços específicos para realização de reuniões on-line.

A pandemia foi aceleradora do trabalho home office, promovendo discussões sobre a forma de trabalhar. O principal benefício percebido é Qualidade de vida dos profissionais, citado por 21% dos executivos, seguido por Aumento de produtividade (17%) e Flexibilidade (13%). Por outro lado, questionados sobre os aspectos pouco producentes do trabalho remoto, 14% dos executivos elencaram em primeiro lugar a Redução na interação / integração de pessoas, seguida por Excesso de lives / horas trabalhadas (12%) e Gestão / controle remoto nem sempre eficaz (11%). É interessante notar que o aspecto de qualidade de vida é ao mesmo tempo citado como ponto de melhoria (21%) e como aspecto negativo do trabalho remoto (9%). Ao mesmo tempo que é lembrado positivamente como um fator de flexibilidade e menos perda de tempo (por exemplo, no trânsito), também é citado como fator para o excesso de reuniões e aumento de horas trabalhadas.

Escassez de profissionais  

A possibilidade de trabalhar 100% em home office se tornou um atrativo para muitos profissionais da área de TI e consolida-se como fator de retenção desses profissionais. Neste cenário, 94% dos executivos sinalizaram que enfrentam desafios na busca por profissionais qualificados e 83% acreditam que este problema será persistente no curto / médio prazo. 

Questionados sobre quais medidas estão sendo tomadas para contornar esse cenário de escassez, 59% das empresas afirmaram que já ampliaram a contratação de serviços / soluções de fornecedores terceirizados, 48% das companhias implementaram programas internos de formação de profissionais e 43% recorreram ao Outsourcing de funções, processos e equipes.

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A pesquisa IT Trends Snapshot 2023 foi realizada com a participação de 123 executivos da área de tecnologia da informação de empresas brasileiras. Os respondentes realizaram a pesquisa quantitativa e, pouco mais de 10% deles também participaram de entrevistas em profundidade (68% das empresas com faturamento acima de R$500 milhões). 

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