Mês da conscientização sobre segurança cibernética: origem, tendências e dicas para empresas

Confira neste blogpost como a data foi criada e 7 dicas de cibersegurança que vão fazer a diferença na sua instituição.

O Mês da Conscientização sobre Segurança Cibernética, celebrado mundialmente em outubro, surgiu como uma iniciativa para aumentar a conscientização sobre os crescentes riscos e ameaças digitais que empresas e indivíduos enfrentam diariamente e trazer clareza sobre o que é crime cibernético e como se proteger.

A data foi instituída em 2004, nos Estados Unidos, com o objetivo principal de promover reflexões sobre o que é cibersegurança e incentivar práticas seguras no ambiente digital, com tanto para usuários comuns quanto para organizações.

Com a crescente digitalização de serviços, banda larga, inteligência artificial e a expansão do trabalho remoto, as ameaças cibernéticas têm se tornado cada vez mais sofisticadas, colocando a proteção de dados e sistemas em evidência. Ao longo dos anos, a campanha tem ganhado tração global, sendo adotada por diversos países que buscam educar e alertar suas populações sobre a importância de proteger informações e sistemas.

Por isso, neste artigo vamos explicar o que é crime cibernético e como se proteger. Fique atento às nossas dicas.

O que é crime cibernético?

Nos últimos anos, os números de ataques cibernéticos têm subido de maneira alarmante. Segundo o relatório The State of Cybersecurity Resilience 2024, da Accenture de 2024, o número de incidentes relacionados a crimes cibernéticos cresceu 125% desde 2020, uma tendência que só se intensificou durante e após a pandemia. Setores como saúde, finanças, energia e infraestrutura crítica são alvos frequentes, mas as pequenas e médias empresas também têm sido impactadas significativamente.

O Brasil é um dos países mais afetados por crimes cibernéticos. Em 2023, o estudo Global Threat Landscape Report, da Fortinet revelou que o país sofreu mais de 82 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos apenas no primeiro semestre. Esse número demonstra a crescente sofisticação e frequência dessas ameaças, que envolvem desde ataques de ransomware até invasões a sistemas vulneráveis.

Então, para conceituar e enfrentar esse grande desafio, é preciso lembrar que um crime cibernético é qualquer atividade ilícita que envolve um computador, uma rede de computadores ou dispositivos digitais. Esses crimes podem ser cometidos por meio da internet ou de redes locais e incluem uma ampla gama de atividades criminosas, como hacking, produção de malwares ou infestação de dispositivos, phishing, fraudes digitais, roubos de dados, ciberbullying, entre outros. 

Tendências em cibersegurança 2025

Com o aumento dos ataques, surgem também novas tecnologias e estratégias para proteger as organizações. Entre as tendências mais recentes no setor, destacam-se:

  1. Zero Trust: esta abordagem de segurança exige a verificação de todos os usuários, tanto dentro quanto fora da rede, antes de conceder acesso a qualquer dado ou sistema. A ideia é que nenhuma entidade seja automaticamente confiável, reduzindo os riscos de acesso não autorizado.
  2. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning: ferramentas de IA estão sendo cada vez mais integradas em soluções de segurança para detectar padrões de comportamento e antecipar possíveis ameaças, criando uma defesa proativa em vez de reativa.
  3. Segurança na Nuvem: com a migração de dados e operações para ambientes em nuvem, a segurança desse tipo de infraestrutura se tornou uma prioridade. Provedores de nuvem estão implementando camadas adicionais de proteção para evitar acessos indesejados e vazamentos de dados.
  4. Autenticação Multifator (MFA): o uso de várias camadas de autenticação, como senhas, biometria e códigos temporários, tem se tornado uma prática essencial para aumentar a segurança dos sistemas. Isso reduz a chance de que credenciais roubadas resultem em acesso a dados sensíveis.
  5. Segurança de Dispositivos IoT (Internet das Coisas): o aumento do número de dispositivos conectados à internet ampliou a superfície de ataque para os cibercriminosos. Empresas estão se voltando para soluções específicas de segurança para garantir que esses dispositivos não sirvam como portas de entrada para ameaças cibernéticas.

O impacto dos ataques cibernéticos nas empresas

Os ataques cibernéticos podem ter consequências devastadoras para as empresas, independentemente de seu tamanho. Além de prejuízos financeiros, que podem alcançar milhões de dólares, as organizações também enfrentam danos à reputação, perda de confiança de clientes e possíveis sanções regulatórias. Em alguns casos, a recuperação de um ataque pode levar meses, gerando interrupções nas operações e, por vezes, resultando no fechamento definitivo da empresa.

Um dos exemplos mais notórios de ataque cibernético nos últimos anos foi o caso do ransomware WannaCry, que em 2017 afetou mais de 230 mil computadores em 150 países. O ataque causou perdas estimadas em bilhões de dólares, paralisando sistemas inteiros, como o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS).

A Sophos, em seu relatório anual State of Ransomware, constatou um aumento de 500% no valor do pagamento de resgates (dados pesquisados em 2023). Para se ter uma ideia, a média global foi de US$ 2 milhões, número muito acima dos US$ 400 mil da pesquisa do ano anterior.

Principais dicas de cibersegurança para empresas

Diante desse cenário, é relevante que as empresas adotem uma postura proativa em relação à segurança digital. Abaixo, listamos algumas das principais práticas recomendadas para fortalecer a cibersegurança nas organizações:

  1. Educação e conscientização dos colaboradores: funcionários bem treinados são a primeira linha de defesa contra ataques. Investir em programas de conscientização e treinamentos regulares ajuda a reduzir os riscos de erros humanos, como o clique em links maliciosos ou o uso de senhas fracas.
  2. Uso de autenticação multifator (MFA): implementar double checks, por exemplo, em todas as contas e sistemas críticos é uma das maneiras mais eficazes de impedir acessos não autorizados, mesmo que as credenciais sejam comprometidas.
  3. Atualizações de software: manter todos os sistemas e softwares atualizados corrige vulnerabilidades e garante que as empresas estejam protegidas contra as ameaças mais recentes.
  4. Backups frequentes: Realizar backups regulares dos dados críticos, armazenando-os em locais seguros, é uma das principais práticas para evitar ataques de ransomware. Caso a empresa seja atacada, a existência de backups pode minimizar significativamente os impactos.
  5. Políticas de controle de acesso: implementar uma política de acesso baseada em privilégios mínimos garante que os funcionários tenham acesso apenas às informações necessárias para desempenharem suas funções, reduzindo o risco de exposição de dados sensíveis.
  6. Testes regulares: realizar simulações de ataques cibernéticos permite que as empresas identifiquem vulnerabilidades em seus sistemas antes que os criminosos o façam, corrigindo-as proativamente.
  7. Plano de resposta a incidentes: estar preparado para um ataque é tão importante quanto tentar evitá-lo. As empresas devem ter um plano de resposta bem estruturado, detalhando as etapas a serem seguidas no caso de um incidente de segurança, minimizando os danos e garantindo uma recuperação mais rápida.

A cibersegurança é essencial

O Mês da Conscientização sobre Segurança Cibernética é uma oportunidade para que todos lembrem de refletir e melhorar suas práticas de segurança digital. A cibersegurança, na nossa comunidade global, se torna indispensável para a proteção de dados e para a continuidade dos negócios. Ao adotar medidas preventivas, como as listadas acima, as empresas estarão melhor preparadas para enfrentar os desafios do cenário digital em constante evolução.

Manter-se atualizado sobre as últimas tendências e tecnologias de segurança, educar os colaboradores e criar um ambiente de proteção contínua são passos para garantir a segurança da informação e a longevidade dos negócios em um cenário de ameaças sofisticadas.

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